Há algo errado com o nosso mundo. Alguma coisa fundamental e basicamente
errada. Nós não precisamos olhar muito longe para enxergar isto. E quando
paramos para analisar a causa dos males de nosso mundo, muitas coisas me vêm à
mente.
Seria devido ao fato de
não sabermos o suficiente? Não pode ser isto. Porque em termos de acumulação de
conhecimento, nós sabemos mais hoje do que os homens conheciam em qualquer
outro período da humanidade. Nós temos os fatos à nossa disposição. Nós sabemos
mais sobre Matemática, Ciências, Ciências Sociais (e abra-se um parêntese para “redes
sociais”), Filosofia, Psicologia, Política e Religião do que nós nunca soubemos
em qualquer período da história do mundo. Então, não pode ser porque nós não
sabemos o suficiente. Não pode ser isto, porque nosso progresso científico
sobre os anos passados tem sido surpreendente. Embora com tanto conhecimento,
há ainda a falta de conhecimento sobre Deus ( Os 4:6 diz que o povo de Deus tem
sido destruído por falta de entendimento/conhecimento sobre ELE).
Seria por falta de tempo? O homem através de seu gênio científico tem encurtado
distâncias e reduzido tempos. Fato é que hoje é possível tomar o café da manhã
em Nova York e cear em Londres, na Inglaterra. Por volta de 1753, uma carta
levava três dias para ir de Nova York a Washington, e hoje você pode ir daqui
até a China em menos tempo que isso. Não pode ser porque o homem esteja
estagnado quanto aos progressos científicos. A genialidade científica do homem
tem sido assombrosa. Mas ainda assim o homem não sabe aproveitar o tempo que
lhe resta...
Talvez temos que olhar mais
profundamente o que temos feito para encontrar a real causa dos problemas
humanos e dos males deste mundo de hoje. E se nós queremos mesmo encontrar
teremos que olhar dentro dos corações e da alma dos homens.
Assim somos pegos em um mundo complicado. O
problema é com o próprio homem, na alma do homem. Nós não aprendemos como ser
justos, e honestos, e gentis, verdadeiros e amáveis. Está é a causa de nosso
problema. O verdadeiro problema é que através de nossa genialidade científica
nós fizemos do mundo uma vizinhança, mas através de nossa moral e genialidade
espiritual nós falhamos em torná-lo uma irmandade.
E o grande perigo que
enfrentamos hoje não é tanto pela bomba atômica que foi criada pelos físicos.
Não tanto por aquela bomba que você pode colocar em um avião e jogá-la sobre a
cabeça de centenas de milhares de pessoas – embora não ignoramos sua potencia,
e perigo avassalador... Mas o perigo verdadeiro que confronta a civilização de
hoje é aquela bomba atômica que está no coração dos homens, capaz de explodir
no ódio mais vil e no mais destrutivo egoísmo — Esta é a bomba atômica que
devemos temer hoje.
O problema está no homem.
Dentro dos corações e das almas dos homens. Esta é a verdadeira causa do
nosso problema.
Se nós queremos
seguir em frente hoje, temos que voltar para reencontrar alguns poderosos e
preciosos valores preciosos que deixamos para trás. É o único caminho que nós
seríamos capazes para fazer de nosso um mundo um mundo melhor, e para fazer
deste mundo o que Deus quer que ele seja com um significado e propósito real. A
única maneira que nós podemos fazer é voltar, para redescobrir os valores mais
preciosos e poderosos que deixamos para trás.
Nossa situação no mundo de hoje, retrata um popular acontecimento tomou lugar na vida
de Jesus... Quando Jesus tinha cerca de 12 anos de idade, os pais de Jesus o
levaram para Jerusalém. Era um acontecimento anual, a festa da Páscoa, e eles
subiram para Jerusalém e levaram Jesus consigo. E eles ficaram ali por poucos
dias, e depois de estarem por lá, eles decidiram voltar para casa, para Nazaré.
Então eles partiram. O pai provavelmente viajava na frente, e a mãe junto com
as crianças, atrás. Eles não tinham as comodidades modernas que nós temos hoje.
Eles não tinham automóveis, nem metrôs ou ônibus. Eles andavam a pé, viajavam sobre
jumentos e camelos. Então eles viajavam muito devagar, mas era a tradição do
pai guiar o caminho.
Eles deixaram Jerusalém,
caminhando de volta para Nazaré, provavelmente eles caminharam um pouco, sem
olhar para trás para ver se todo mundo estava lá. Eles seguiram jornada de um
dia, e pararam, (e eu imagino para checar, para ver se tudo estava em ordem). E
eles descobriram que alguma coisa muitíssimo preciosa estava faltando. Eles
descobriram que Jesus não estava com eles. Jesus não estava no meio. E assim
eles fizeram uma pausa e procuraram e não o viram em volta. E eles foram e
começaram a procurar no meio da parentela. E eles voltaram até Jerusalém e o
encontraram ali no Templo, junto com os doutores da lei.
Os pais de Jesus observaram que ele tinha partido, e
que eles tinham perdido um valor muitíssimo precioso. Eles tiveram senso o
bastante para saber que antes de seguir em frente para Nazaré, eles tinham que
voltar a Jerusalém para reencontrar este valor. Eles sabiam disso. Eles sabiam
que não poderiam ir para casa em Nazaré, sem que voltassem a Jerusalém.
Algumas vezes, você sabe
que é necessário retroceder a fim de seguir em frente. Isso é uma analogia da
vida. É como alguém que precisa seguir um destino, e no meio do caminho percebe
que pegou a pista errada, e invariavelmente ele sabe que terá que retornar,
retroceder, pegar um retorno se ele quiser realmente chegar ao seu destino.
E isso é que nós temos que fazer em nosso mundo de
hoje. Nós temos deixado muitos valores preciosos para trás; nós temos perdido
muitos valores preciosos. E se nós quisermos seguir em frente, se nós quisermos
fazer um mundo melhor para se viver, nós temos que voltar. Temos que reencontrar
estes valores preciosos que nós deixamos para trás.
O primeiro princípio de
valor que nós necessitamos redescobrir é este: que toda realidade depende de
fundamentos morais. Em outras palavras, que este é um universo moral, e que
há leis morais suportando o universo tanto quanto leis físicas.
Eu não estou bem certa se todos nós cremos nelas. Nós nunca duvidamos que haja
leis físicas no universo, que nós devemos obedecer. Nós nunca duvidamos disso.
E por isso, nós não pulamos de um avião ou saltamos de altos edifícios por
diversão – não fazemos isto. Porque inconscientemente nós o sabemos
intuitivamente, e assim não saltamos do mais alto prédio por achar isto
divertido – nós não fazemos isto. Porque nós conhecemos que existe a Lei da
Gravitação Universal. Se nós desobedecermos a ela, sofreremos as consequências.
Mas tenho dúvidas se nós sabemos que há leis morais que suportam o universo
tanto quanto as leis físicas. Se nós realmente cremos que existe a lei do amor
no universo, e que se desobedecê-la, você sofrerá as consequências.
Pelo menos duas
coisas me fazem duvidar de que muitos de nós não acreditamos nela, que nós
temos nos desgarrado do princípio que este é um universo moral.
A primeira coisa que nós
adotamos neste mundo moderno é uma espécie de relativismo ético. Isto é; O que temos
aceitado sobre a atitude do que é certo e o errado são meramente relativos para
nossas convicções.
Grande parte das
pessoas não podem defender suas convicções, porque a maioria pode não estar
fazendo isto. Veja, se a maioria não está fazendo isto, então nós devemos estar
errados. E desde que todo mundo esteja fazendo isto, isto deve ser o certo. Uma
espécie de interpretação numérica do que é o certo.
Algumas coisas estão certas e algumas, estão erradas.
Eternamente assim, absolutamente assim. É errado odiar. Isto sempre tem sido
errado e sempre será errado. É errado na América, é errado na Alemanha, é
errado na Rússia, é errado na China, e é errado no Brasil também.
Era errado em 2000 antes de cristo,
era errado em 1954 A.D, e é errado agora em pleno século 21. Está errado jogar
fora nossas vidas em um viver sedicioso. Não importa se alguém em qualquer
lugar do mundo esteja fazendo isto, é errado.
Está errado em qualquer época e
está errado em cada nação. Algumas coisas são certas e algumas coisas são
erradas, não importa se alguém está fazendo o contrário. Algumas coisas do
universo são absolutas. O Deus do universo as tem feito assim. E contanto que
adotemos esta atitude relativa em relação ao certo e ao errado, estamos nos
revoltando contra as mesmas leis do próprio Deus.
Isto não é a única
coisa que me convence de que estamos desviados do caminho desta atitude, deste
princípio.
A outra coisa é
que temos adotado uma espécie de teste pragmático para o certo e errado – aquilo que funcionar é o “certo”. Se
funcionar, está jóia. Nada está errado, a não ser aquilo que não funciona. Se
você não foi apanhado, é o certo. Esta é a atitude, não é? Tudo bem, em
desobedecer os Dez Mandamentos, mas apenas não desobedeça o décimo primeiro:
Não se deixe apanhar! Esta é a atitude. A atitude prevalecente em nossa
cultura.
Não importa o
que você faça, apenas o faça com um pouquinho de classe. Sabe, o tipo de
atitude da sobrevivência do mais esperto. Não a sobrevivência Darwiniana do
mais apto, mas a sobrevivência do mais liso, o mais esperto – é aquele que está
certo. É muito bom mentir, se mentir com dignidade. Tudo bem em furtar, em
roubar e extorquir, mas o faça com um pouquinho de finesse. E até é muito bom
odiar, mas vista seu ódio apenas com trajes de amor e faça transparecer que você
esteja amando, quando você está odiando de fato. Apenas vire-se! É assim que é
o certo segundo esta nova ética.
Esta atitude está destruindo a
alma de nossa cultura. Está destruindo nossa nação. Aquilo que nós necessitamos
nos dias de hoje é um grupo de homens e mulheres que queiram defender o certo e
resistir ao errado, onde quer que for. Um grupo de pessoas que precisam vir
para ver que algumas coisas estão erradas, mesmo se eles nunca são pegos. E
algumas coisas são certas, mesmo que ninguém veja você fazendo ou não.
O nosso mundo depende de uma fundação moral. Deus o fez assim. Deus fez o
universo para ser baseado em uma lei moral. Se o homem desobedecê-la, está se
revoltando contra Deus. Isto é tudo o que precisamos no mundo de hoje: pessoas
que sustenham o certo e a bondade. Não é o bastante conhecer as firulas da
zoologia e da biologia, mas nós temos que saber as intricações da Lei. Não é o
bastante saber que dois e dois são quatro, mas temos que saber de qualquer
maneira aquilo que é certo, para ser honestos com nossos irmãos. Não é o
bastante conhecer nossas disciplinas matemáticas e filosóficas, mas nós temos
que conhecer as simples disciplinas de ser honesto e amoroso para com toda a
humanidade. Se nós não aprendermos isto, nós nos destruiremos a nós mesmos,
pelo abuso de nosso próprio poder.
“Nenhuma
mentira pode viver para sempre, a verdade, quando esmagada na terra, se
levantará novamente”.
Ou seja, “Você ceifará aquilo que plantar” Esta é uma lei de
sustentação universal. Este é um universo moral. Ele depende de fundações
morais. Se nós queremos fazer disso um mundo melhor, temos que voltar e redescobrir
os valores preciosos que deixamos para trás.
E depois, há uma segunda
coisa, um segundo princípio que nós temos que voltar e redescobrir. E isto é
aquilo que controla toda realidade espiritual. Em outras palavras, nós temos
que voltar e redescobrir o princípio que há um Deus por trás do processo.
Pois o fato de nós
estarmos na Igreja, nós cremos em Deus, nós cantamos e oramos, e vamos para a
igreja – nós cremos em Deus, mas nós devemos lembrar que é possível afirmar a existência
de Deus com nossos lábios, e negar sua existência com nossas vidas!
O mais perigoso tipo
de ateísmo não é o ateísmo teórico, mas o ateísmo prático. Este é o mais
perigoso tipo. E o mundo, e mesmo a igreja, está repleta de pessoas que prestam
culto com os lábios em lugar de um culto com a vida. E sempre há um perigo
em que nós deixamos transparecer externamente que nós cremos em Deus, quando
internamente não. Nós dizemos com nossas bocas que nós cremos nele, mas vivemos
nossas vidas como se Ele nunca tivesse existido. Isto é o perigo sempre
presente confrontando a religião. Isto é um tipo perigoso de ateísmo.
Talvez nós temos
inconscientemente deixado Deus para trás. Agora, nós não temos feito isso
conscientemente; mas inconscientemente. Os
pais de Jesus seguiram uma jornada de um dia inteiro sem saber que ele não
estava com eles? Eles não o deixaram para trás conscientemente. Foi sem querer;
seguiram um dia inteiro e nem mesmo sabiam disso. Não foi um processo
consciente. Nós não crescemos para dizer: “Agora Deus, adeus! Nós vamos
deixar o Senhor agora.” O materialismo na América, e ao redor do mundo tem sido
algo inconsciente. Com a crescente tecnologia, a ascensão financeira de alguns
(muitos), as crescentes invenções, com seus aparelhos, e bugingangas, bem como
de todas as coisas do conforto moderno, nós inconscientemente deixamos Deus
para trás. Nós não pretendíamos isto.
Apenas ficamos envolvidos
em conseguir nossas contas bancárias graúdas que nós inconscientemente nos
esquecemos de Deus. Nós não pretendíamos fazer isto. Nós ficamos tão envolvidos
em conquistar nossos carros de luxo, e eles são mesmo ótimos, mas nós ficamos
tão envolvidos nisso, que isto se tornou muito mais conveniente dirigir até à
praia no domingo à tarde do que vir para a Igreja. Isto foi inconscientemente,
não pretendíamos fazer isto.
Ficamos tão envolvidos e
fascinados pelas tramas da televisão que nós achamos um pouco mais conveniente
ficar em casa do que vir para a Igreja. Foi uma coisa inconsciente. Nós não
pretendíamos fazer isto. Nós não apenas nos levantamos para dizer “ Agora Deus,
nós vamos embora”. Nós temos seguido uma jornada de um dia inteiro, e então nós
vimos que nós inconscientemente conduzimos Deus para fora do universo. Um dia
inteiro de jornada – não queríamos fazer isto. Nós apenas ficamos tão
envolvidos nas coisas que nós nos esquecemos de Deus.
E este é o perigo que nos
confronta, que em uma nação como a nossa, com tantos recursos, tantas riquezas,
embora mal distribuídas, onde há tantas conveniências e luxo e tudo o mais, há
o perigo de que nós inconscientemente, nos esqueçamos de Deus. Eu não estou
afirmando que aquelas coisas não sejam importantes; nós precisamos delas, nós
precisamos de carros, nós precisamos de dinheiro; de tudo o que é importante
para viver. Mas sempre quando elas se tornam em substitutos de Deus, elas são
prejudiciais.
Nenhuma dessas coisas podem jamais ser substitutos reais para Deus.
Automóveis e metrôs, TVs e rádios, dólares e centavos, nunca podem ser
substitutos de Deus. Porque muito antes da existência delas, nós necessitamos
de Deus. E por muito tempo depois que elas tiverem passado, nós ainda necessitaremos
de Deus.
Precisamos regressar, e colocar a base de nossa fé em Deus, saber que
sem Jesus a caminhada ser;a muito mais longa, e a jornada muito mais difícil.
Que tenhamos convicção de que
este Deus vai durar para sempre. Tempestades podem vir e ir. Nossos grandes
edifícios arranha-céus podem vir e ir. Nossos belos automóveis virão e
passarão, mas Deus estará aqui. As plantas podem desaparecer, as flores podem
murchar, mas a palavra de nosso Deus permanecerá para sempre e nada pode
impedi-la.
Se desejamos seguir em frente,
devemos voltar lá atrás e redescobrir estes valores preciosos: que toda
realidade depende de fundamentos morais e que toda realidade tem um controle
espiritual.
Deus abençoe vocês!