segunda-feira, 23 de setembro de 2013

"Tira Primeiro a Trave do Teu Olho"

“Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.” (1Co 13: 10)

Caminhamos rumo à perfeição, somos obra inacabada, onde existem imperfeições e defeitos. Apesar de isso ser uma realidade, temos a tendência de vislumbrarmos a perfeição no contexto humano, o que é impossível. Ainda que ao homem tenha sido dada capacidade intelectual, inteligência e tantos outros atributos, ele é falho sim.

Toda criação feita por mãos humanas nunca será perfeita, assim como, o homem também não  é. Sabemos que máquinas falham, e são finitas em suas possibilidades, projetos nunca serão perfeitos, pois sempre haverá visões e posicionamentos de aspectos diferentes, e eles também falharão.

Então, porque será que exigimos perfeição das pessoas? Nos decepcionamos com os tropeços humanos, e com nossos próprios tropeços. Exigimos do outro aquilo que é impossível de ser dado. Cobramos do outro, e muitas vezes de nós mesmos, uma fatura impossível de ser paga.

É fácil percebermos esse comportamento, quando olhamos para as igrejas. Pessoas pulam de galho em galho, em busca do perfeito, ou pelo menos, em busca do perfeito a seus olhos. Observem que Jesus escolheu os discípulos a dedo, no entanto, até mesmo aqueles homens eram falhos, ali existia traidor, covarde, brigão, incrédulo, frágil e tantos outros. Não existiriam homens assim dentro das igrejas? Igreja é lugar, onde enfermos são levados, ali haverá todo tipo de doença do corpo, da alma e do espírito. Haverá lobos no meio dos cordeiros, haverá, assim como, com os discípulos de Jesus, homens falhos.

Esquecemo-nos que, estamos todos ali, com o mesmo objetivo, sermos tratados e adorarmos o que é perfeito, Jesus. A igreja perfeita só existirá, quando Jesus vier buscar sua noiva, e então, ela subir ao céu. Onde houver homens, haverá falhas.
Frustramo-nos em busca de uma família perfeita, em busca de filhos perfeitos, de amigos perfeitos, pais perfeitos. Isso é uma utopia.

Existe no ser humano, uma tendência terrível, de sempre achar que a “grama do vizinho é melhor que a sua.” Isso, faz com que não valorizemos aquilo que temos, então, desprezamos, e não cuidamos, do que foi a nós confiados, por achar que não existe valor nas pessoas. Não agradecemos pela família, nem pelos amigos. Consequentemente não perdoamos, e temos uma dificuldade enorme, com relação a este assunto, pois aceitar falhas é algo com o que temos dificuldade em conviver, como se fôssemos perfeitos.

Exigimos do outro algo que, nós mesmos não podemos dar. Cobramos aquilo que também não possuímos. E isso se torna um círculo vicioso, à medida que, a reciprocidade é verdadeira.
É preciso que tomemos consciência da falibilidade humana. Pois, ainda que, o homem seja o mais sábio, o mais ungido, o mais temente a Deus, ainda assim, será obra imperfeita, inacabada e falha. Se depositarmos nossa confiança em homens, frustraremos, se o nosso padrão de referência for humano, tolos que somos, pois só há um perfeito, Jesus, o qual deve ser nossa referência.

 Jesus é o exemplo a ser seguido, Ele é nossa fonte inspiradora. É necessário que nossa atenção esteja voltada para Ele, e que paremos de apontar o dedo na cara do outro, e olhemos para nós mesmos.

“Por que vês tu, o arqueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu olho? Ou como dizes a teu irmão: Deixa-me tirar-te do teu olho o arqueiro, quando tens no teu uma trave? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás como hás de tirar o arqueiro do olho do teu irmão.  (Mt 7: 3 à 5)

Precisamos concertar nossas vidas. Devemos nos examinar, como se mirássemos num espelho, como se nos transportássemos para fora de nós mesmos, a ponto de nos vermos como somos vistos pelo outro. O orgulho leva o homem a disfarçar seus próprios defeitos, e achar que os do outro são sempre maiores, como forma de se sentir melhor, e não precisar se humilhar, nem submeter-se à sua própria consciência. Se quisermos mudar as pessoas, é necessário melhorar primeiro a nós mesmos.

Se exigimos atitudes perfeitas do outro, é preciso que mudemos as nossas atitudes. Examinemo-nos a nós mesmos, para que nos tornemos pessoas melhores, e paremos de buscar no outro, aquilo que em nós também não há.
Se existem dez defeitos em você procure ter cinco, e assim caminhemos de glória em glória, rumo à perfeição. E perdoe as falhas do outro, assim como as suas têm sido perdoadas, e já foram pagas na cruz do calvário.

“Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.” (1 Jo 1: 8)

“E Jesus lhe disse: Porque me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus.” (Mc 10:18)


“Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” (Rm 3: 10)

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

"Seu Trabalho Não É Vão"


"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão" (1 Co 15:58).

Mário ia uma vez por semana para a porta de uma fábrica, na hora em que os  trabalhadores costumavam sair, para oferecer um pequeno folheto que falava do amor de Deus e da salvação em Jesus Cristo. Com chuva ou com sol, Mário estava lá, com
um sorriso e uma palavra de esperança para todas aquelas pessoas que, agora, se dirigiam para casa.
Um dia Mário refletiu em seu trabalho e concluiu que era inútil. Não podia ver os frutos, não ouvia ninguém lhe dizendo que o seu trabalho tinha sido importante para sua vida, nem um único agradecimento por estar ali, compartilhando sua fé. Resolveu
parar de fazer aquele trabalho evangelístico.
Certo dia, passando por acaso em frente à mesma fábrica, viu um homem distribuindo folhetos, no mesmo lugar onde costumava ficar. Aproximando-se dele, perguntou-lhe por que fazia aquilo. O homem respondeu: "Há uns dois anos atrás eu recebi um
folheto quando saía de meu trabalho. Aquele folheto mudou minha vida, mudou o meu lar, o meu relacionamento com a esposa e com meus filhos, transformando nossas vidas completamente.

Eu vim muitas vezes aqui para agradecer ao jovem por tão grande bênção, mas ele nunca mais voltou. Resolvi, então, tomar seu lugar e aqui estou, já faz um ano
e meio, e estou muito feliz por poder ser usado pelo meu Senhor para abençoar vidas, da mesma forma que fui abençoado."

Muitas vezes somos como o Mário. Queremos que os frutos de nossa fé sejam instantâneos, mas, nem sempre é assim. Quantos anos leva uma árvore para produzir frutos? Algumas um tempo pequeno, outras um tempo maior e outras... um tempo
muito grande. Precisamos saber esperar, precisamos ter paciência, precisamos confiar nas promessas do Senhor que  nos garante: "Eu te abençoarei".


A Bíblia garante que nosso trabalho não é vão. Tudo que fazemos com o propósito de glorificar o nome do Senhor trará bênçãos para muitas vidas e, principalmente, a nossa própria vida.

Mesmo que você não veja os frutos e mesmo que ninguém lhe diga "Obrigado", continue servindo ao Senhor. Dessa forma você será muito feliz.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

"Esse Homem é Você!!!!"



Se eu te pedisse para contar uma situação em que você tenha se indignado com uma pessoa por prejudicar outra, tenho certeza que imediatamente você se lembraria de alguém, de alguma situação, e teria algo a relatar. Mas, e se eu te pedisse para contar uma situação em que você tenha prejudicado alguém, por menor que tenha sido a sua atitude, e quem sabe por ela ser tão insignificante (para você é claro) talvez você não tenha se indignado, ou ao menos se sentiu mal por isso......Você consegue se lembrar? Você teria coragem de trazer isso á tona?

Davi cometeu alguns delitos durante seu reinado, e estes “deslizes” fez com que Deus o repreendesse severamente diversas vezes. Uma das maiores repreensões da parte de Deus foi por causa do adultério com Bate-Seba e ordem de execução de Urias, marido de Bate-Seba (I Sm 11). Um tempo depois, Deus enviou o profeta Natã ao palácio para falar ao rei (I Sm 12:1-4):

“Havia dois homens que viviam na mesma cidade. Um deles era muito rico e tinha muito gado e ovelhas e o outro, como era pobre, tinha apenas uma ovelha. Um dia, o que era rico recebeu uma visita e não queria matar nenhum de seus animais para preparar refeição ao seu hóspede, em vez disso, matou a ovelha do homem pobre para preparar a refeição.”
No mesmo instante o rei Davi se indignou com aquela injustiça, com aquela sensação de impunidade, com aquela desigualdade moral e social relatada pelo profeta, no que imediatamente Davi, em toda posse de sua autoridade, decretou que o homem injusto fosse punido. Nesse momento, Davi ouviu algo que o rasgou de cima a baixo: ESSE HOMEM INJUSTO E VOCÊ, DAVI!

Aquela frase marcaria para sempre a vida de Davi. Após perceber o seu erro, Davi nem tentou se justificar... Já foi logo se lançando, arrependido, diante do Pai para buscar o perdão Dele. Foi desse episódio que se originou um dos mais belos poemas de Davi, os Salmos 51.

O verso 3 do Sl 51, expressa muito bem a diferença entre um ser humano como Davi (considerado segundo o coração de Deus) e um ser humano como a maioria de nós: Ele não se esquivou de sua responsabilidade, antes, se arrependeu diante de Deus! Se Davi vivesse em nossa época, provavelmente não se enquadraria na categoria do “crente-justo/crente juiz” (aquele que vive lançando a Palavra para os outros, menos para si mesmo).

O julgamento é uma capacidade e exclusivamente humana, que deveria ser melhor aproveitada como filtro de comportamento, mas infelizmente é utilizada de forma equivocada:
  • Não deveríamos usar essa capacidade para julgar aos outros, mas sim a nós mesmos.
  • O mesmo peso que usamos para julgar às pessoas, deveríamos aplicar a nós mesmos.

Quer um conselho? Converse com o Espírito Santo para que Ele te mostre se você tem feito vista grossa para seus erros e colocado outdoor nos erros dos outros. Peça para que Ele te ajude a não se tornar um “crente duas medidas” para que todas as vezes que você errar, você perceba e se arrependa diante de Deus.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

"O Corvo e a Raposa"

Um dia um corvo estava pousado no galho de uma árvore com um pedaço de queijo no bico quando passou uma raposa.

Vendo o corvo com o queijo, a raposa logo começou a matutar um jeito de se apoderar do queijo. Com esta ideia na cabeça, foi para debaixo da árvore, olhou para cima e disse:

- Que pássaro magnífico avisto nessa árvore! Que beleza estonteante! Que cores maravilhosas! Será que ele tem uma voz suave para combinar com tanta beleza! Se tiver, não há dúvida de que deve ser proclamado rei dos pássaros.

Ouvindo aquilo o corvo ficou todo cheio, visto que era pura vaidade. Para mostrar à raposa que sabia cantar, abriu o bico e soltou um sonoro "Cróóó!".
O queijo veio abaixo, claro, e a raposa abocanhou ligeiro aquela delícia, dizendo:

- Olhe, senhor Corvo, estou vendo que voz o senhor tem, o que não tem é inteligência!


Moral da história: Cuidado com quem muito elogia!
 

Quem critica um homem acabará ganhando um amigo,mas quem faz elogios mentirosos será desprezado.- Pv 28.23

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

" Jogando Sementes"



Jogando Sementes



Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica. Todos os dias ele pegava o ônibus das 6:15h e viajava cinquenta minutos até o trabalho. À tardinha fazia a mesma coisa voltando para a casa.



No ponto seguinte ao que o homem subia, entrava uma velhinha, que procurava sempre sentar na janela. Abria a bolsa tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do ônibus.



Um dia, o homem reparou na cena. Ficou curioso. No dia seguinte, a mesma coisa.

 Certa vez o homem sentou-se ao lado da velhinha e não resistiu:

 - Bom dia, desculpe a curiosidade, mas o que a senhora está jogando pela janela?

 - Bom dia, respondeu a velhinha. - Jogo sementes.



- Sementes? Sementes de que?- De flor. É que eu viajo neste ônibus todos os dias. Olho para fora e a estrada é tão vazia. E gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho. Imagine como seria bom.


- Mas a senhora não vê que as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos. A senhora acha que essas flores vão nascer aí, na beira da estrada?- Acho, meu filho. Mesmo que muitas sejam perdidas, algumas certamente acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.



- Mesmo assim, demoram para crescer, precisam de água.

 - Ah, eu faço minha parte. Sempre há dias de chuva. Além disso, apesar da demora, se eu não jogar as sementes, as flores nunca vão nascer.



Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu “trabalho”. O homem desceu logo adiante, achando que a velhinha já estava meio “caduca”.



O tempo passou...



Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto, olhou para fora e viu margaridas na beira da estrada, hortênsias azuis, rosas, cravos, dálias. A paisagem estava colorida, perfumada e linda.



O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus e acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo.



- A velhinha das sementes? Pois é, morreu de pneumonia no mês passado.



O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela. “Quem diria, as flores brotaram mesmo”, pensou. “Mas de que adiantou o trabalho da velhinha? A coitada morreu e não pode ver esta beleza toda”.



Nesse instante, o homem escutou uma risada de criança. No banco da frente, um garotinho apontava pela janela entusiasmado: Olha mãe, que lindo, quanta flor pela estrada. Como se chamam aquelas azuis?



Então, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito. Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha devia estar feliz. Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas. No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e tirou um pacotinho de sementes do bolso.



Se não houver frutos, valeu a beleza das flores. Se não houver flores, valeu a sombra das folhas. Se não houver folhas, valeu a intenção da semente”.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

" Só se você permitir"



"O Velho Samurai"
Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que se dedicava a ensinar aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda  de que ainda era capaz  de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta  de escrúpulos apareceu por ali. Queria derrotar o samurai e  aumentar sua fama. 

O velho não aceitou o desafio e o jovem começou a insultá-lo.  Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou insultos, ofendeu seus ancestrais.Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.

No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso  guerreiro retirou-se. Desapontados, os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.

- Se alguém chega até você com um presente, e você não  o aceita,  a quem pertence o presente?
A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos. 
- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. 

Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem o  carregava consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você.

A calma na luta é sempre um sinal de força e confiança, enquanto
a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de  confiança em si mesmo”.