quinta-feira, 11 de abril de 2013

"Uma Estratégia Maligna "

falsificação da moeda e do evangelho

 O maior e mais eficaz estratagema de Satanás, diga-se de passagem, é fazer com que crentes verdadeiros vivam um falso cristianismo que pensam sinceramente ser autêntico (Stedman, 1975:17). É o que se pode chamar de ludíbrio das moedas falsas.
Li há vários anos um artigo de Arthur W. Pink, Outro Evangelho, no qual ele considera o seguinte:
 
" O sucesso de um falsificador de moedas depende de quão parecida a moeda falsa se torna com a genuína. A heresia não é uma negação completa da verdade, e sim uma perversão da verdade. Essa é a razão por que uma mentira incompleta é mais perigosa do que uma mentira completa. Por isso, quando "o pai da mentira" sobe ao púlpito, ele não costuma negar abertamente as verdades fundamentais do cristianismo; pelo contrário, ele as reconhece astutamente e, em seguida, apresenta uma interpretação errônea e uma falsa aplicação. " (Pink, 2003).
Essa é a razão pela qual há tanta gente que permanece em certos espaços religiosos sem se aperceber do engano que as envolve. Tal envolvimento leva-os às últimas consequências quanto a defender e a praticar o que para os outros é claro e inequivocamente errado.
Um caso clássico e radical foi o do "reverendo" Jim Jones. Ele próprio transferiu sua comunidade dos Estados Unidos para as Guianas, controlou seus adeptos e induziu-os ao suicídio coletivo. Mais de novecentas pessoas suicidaram sob seu comando pessoal.
 
Tudo se pode dizer a respeito daquele grupo, exceto que as pessoas fizeram a coisa errada achando que era algo errado mesmo. Fizeram a coisa errada convencidos de que aquilo era tão certo que valia a pena pôr fim à própria vida e à de seus filhos em nome do respeito e da obediência a seu líder. Foram convencidos, condicionados, conduzidos a crer erradamente. Jones construiu em torno de si uma mística e usou-a para enganar aqueles crentes que, dominados pelo engano, seguiram cegamente, sem questionamento, suas ordens.
 Aquela indução ao erro, aliada à ameaças e abusos de toda sorte, incluindo uma forte e enfática teologia da autoridade espiritual, foi tão diabólica que quase ninguém se levantou para questionar ou conferir suas instruções com a Palavra de Deus, nem mesmo avaliarem as ordens de Jones à luz, pelo menos, do bom senso.
A história de Jim Jones e de sua comunidade é o que há de mais extremo para ilustrar a questão. Mas não vamos nos enganar achando que esse tipo de acontecimento é coisa do passado, distante de nós, e que não há qualquer relação entre o que ocorreu antes e o que ocorre hoje. Muitos e variados acontecimentos contemporâneos mais sutis, aparentemente de menor monta, guardam as mesmas características no que tange à força de influência (indução) para que as pessoas e grupos pratiquem o que é errado aos olhos daquele que tudo vê. Jesus discerne e conhece todas as coisas, e o fogo de seus olhos (Ap. 2:14) significa julgamento. Jezabel e seus seguidores estavam sob julgamento e ameaça de punição (Ap. 2:20-23).


Trecho retirado do livro "Uma Igreja Sem Propósitos", páginas 85 e 86 - Editora Mundo Cristão

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