quinta-feira, 14 de novembro de 2013

“VOCÊ está certo, e EU estou errado”



Apesar de seu ciúme de Davi, de seus arrependimentos de curta duração e de seus complexos, o rei Saul, de vez em quando, falava alguma coisa certa e bonita. Extremamente comovido pelo comportamento nobre de Davi – que não se vingou dele, apesar da circunstância  favorável ao crime -, Saul começou a chorar e disse àquele a quem perseguia: “Você está certo, e eu estou errado. Você tem sido muito bom para mim enquanto que eu lhe tenho feito muito mal ( ISm 24:17).
Essa é uma confissão explícita e muito difícil de fazer! Quantos pais dizem ao filho: “Você está certo, e eu errado? Quantos esposos dizem ao cônjuge: “Você está certo, e eu errado”? Quantos pastores dizem à sua ovelha: “Você está certo, e eu estou errado”?
Curioso é que, alguns anos depois – quando já era rei de todo o Israel, no lugar de Saul -, Davi ouviu outra palavra totalmente oposta. Ao invés do confortável “Você está certo, e eu estou errado”, de Saul, Davi ouviu o desconfortável “você está errado, e eu estou certo”, do profeta Natã. No primeiro caso, Davi era inocente; no segundo caro, era muito culpado. Era vergonhosamente culpado porque havia quebrado dois mandamentos do Decálogo, um atrás do outro: “Não adulterarás” e “não matarás”. Por causa desses e de outros graves delitos. Natã tinha a obrigação de dizer-lhe, em nome de Deus e sem o menor constrangimento: ”Você fez uma coisa horrível”, “você fez com que Urias fosse morto na batalha”, “você desobedeceu”, “você tomou a mulher de Urias”, “você pecou em segredo”. E Davi deu toda a razão a Natã: “Eu pequei contra o Senhor” (II Sm 12:7-13).
Toda essa história quer dizer que não podemos abrir mão de uma expressão nem da outra. Ambas requerem uma grande dose de coragem, de sabedoria, de acerto e de humildade. Às vezes precisamos dizer: “Você está certo, e eu estou errado”; em outras: “Você está errado, e eu estou certo”.


Pense nisso!!!!!

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